terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Árvores

O vendaval instalou-se, diz que se chamava Ana, de maneiras que Lisboa e Loures, que são as cidades que mais percorro, estão repletas de folhas e ramos. Hoje dei com um ramo caído de um dos plátanos que se encontra junto ao muro de pedra. Tantas mortes naquele bocadinho de calçada... Entretanto, em Loures, na minha praceta, isto há dias, cortaram uma árvore sem mais nem porquê. Que mal faria a bichinha ao passeio?, é que nem estava doente, nem nada, estava até assente um redondel murado. Talvez tenha sido cortada pelas as raízes que levantavam o chão, mas será isso motivo? Ó pá... sabem o que é, é que essa árvore, não sendo a árvore amarela, não senhores, não sendo a árvore arredondada, não senhores, não sendo a oitava árvore que encontra do lado direito que desce a rua mais bonita de Lisboa, não senhores, era uma árvore, senhoras e senhores, uma árvore cujas folhinhas despontavam em janeiro. Em janeiro! E em janeiro não vai acontecer tal evento na minha vida!
Agora a Ana, o furacão que é mulher e que dá mesmo vontade de efeminar o «ão», só que não. Ora bem, ontem esteve no estaminé uma Ana, que dizia ela estar indignada, logo se tinham lembrado de chamar Ana ao dito furacão e ela era tão calminha, que não tinha nada a ver com aquilo e mais não sei o quê. Claro que era uma brincadeira, eu percebi.
Ora bem, a rica filha é Ana, mas como a gente lhe chama o nome composto – Ana Cláudia, que fui eu que escolhi – nem consigo comparar o verdadeiro furacão que é a rica filha ao furacão Ana.

Sem comentários:

Enviar um comentário