sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Vida animal

E os bichos-gato?, que tal? Bem, muito bem, mais afoitos. Kildo já não fugiu ao primeiro toque da buzina, para ali ficou, olhando para mim do cimo de uma cadeira, até se fartar. Karen, por sua vez, fugiu, ainda, mas não tão sorrateiramente quanto da última vez, ainda deu para vê-la corredor afora. Claro que o facto de todas as portas da casa estarem fechadas (à conta de seu irmão de sangue e barriga ser atraído por janelas abertas, que o bicho-gato quer é enfiar-se) não lhe deu outra saída... Não havia entradas, é isso, de maneiras que teve que voltar ao esconderijo, que desta vez consistiu na parte de trás do móvel da sala. Deu até para ouvir um silvo, creio que a bicha-gata desligou a box da senhora, mas pronto, já sei que está habituada, quem melhor do que ela para conhecer os seus bichos-gato, né? Outra coisa que ocorreu foi Kildo jogar-se a um saco de plástico que eu levara para meter desperdícios. Trincou-o. Mas ainda fui a tempo. Caramba, é preciso ter cá uns olhos para bichos-gato nada esquisitos com texturas ou sabores...
E os sustos? Foram dois, um ai! para cada um dos bichos-gato.
Não é que eu ande com o coração acelerado, não me amedrontam nada, que é lá isso, mas não estava a contar encontrar a Karen entalada entre duas prateleiras do móvel da sala, ai!, nem com o Kildo no topo do mesmo, debruçado e interessadíssimo em ver-me, senti que estava a ser observada, e estava, ai! Resta dizer que deixei Karen debaixo da cama e Kildo de volta do lanche.

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