Era 26 de dezembro de 2017 e eu viajava de carro até Albernoa. No caminho percorri parte do caminho pedestre da Barragem do Pego do Altar, ali para os lados de Alcácer do Sal. O que não faltava no chão das bermas baixas era medronhos. Eu, Gina Maria, provei, finalmente, medronho, esse fruto mítico, dada as anunciadas bebedeiras que se arranjam à conta do álcool que contêm. Será mito? Não sei. É, isso sei, um fruto lindíssimo, com as grainhas da parte de fora, qual morango alaranjado, à conta das quais passei montes de tempo a limpar as bochechas por dentro. Ó medronhos, lindos e fofos, adorei-vos. Pronto, vá, a polpa é mole como uma papa, não tem grumos ou fibras, a bem dizer o sabor é nada intenso, nada!, mas eu cá gostei, gostei bués e acabou a conversa.
Era 27 de dezembro de 2017 e a morrinha caía em Lisboa. Ah. Caminho sem cobertura. Um homem de barrete à Pai Natal traz chapéus-de-chuva para vender e mostra-me intencionalmente um. Nego com a mona húmida enquanto penso que tenho um chapéu-de-chuva no saco. Não quero, obrigadinha, 'migo.
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