Ia eu pela rua, que é coisa que faço de quando em quando, ah ah, ri-terri-te, quando vi uma menina de telemóvel apontado à paisagem, na disposição de fotografar. Num murmúrio, disse-lhe: vou ficar na tua fotografia, ah ah. Mas eis que o tempo avançou, eu também, rua afora, e a história se me virou quando vi uma outra menina, de patins, mal se segurando na pose que queria manter. Disse-lhe, em murmúrio: ah ah, vou ficar na tua fotografia. Mas depois, atravessando a praça, dei por mim com uma dúvida indissolúvel:
De quem é aquela foto?, de quem a pensa e eventualmente prepara a abordagem, o cenário, italital?, ou de quem posa a pensar no ego e no futuro?
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