A passagem de ano foi como é costume ser há seis anos. Começou no ano em que fomos buscar a cadela ao canil, 2012, é portanto a sétima vez que é assim:
Às onze e meia vamos por aí acima, por caminhos de cabras (literalmente) até uma das rotundas que há próximas ao Hospital. O caminho é a subir, nele há pedras, pedregulhos, declives, entulho, vegetação baixa e alta, ou então assim-assim, regos e lama se o tempo estiver chuvoso. É uma selva à moda saloia, é o que é. Este ano não havia nada de chuva, estava era cá um frio… Chegamos ao ponto que já referi quando faltam mais ou menos vinte minutos para a meia-noite. Escolhemos este lugar, que é um alto mesmo muito alto, porque se avista grande parte daquilo a que eu chamo 'saloiada', e consegue-se portanto ver e ouvir toda a festa que as pessoas são (felizmente) capazes de fazer quando um ano dá lugar a outro. Enquanto esperamos a meia-noite cirandamos por ali, nós e a cadela. Ontem, inclusive, demos duas voltas à rotunda para fazer tempo. Quando faltam para aí dez minutos para a meia-noite o burburinho aumenta, nem preciso consultar o relógio para saber as horas, passados outros dois, é uma algazarra do caneco e à meia noite o bruaá é enorme, durando uns bons dez minutos. E neste meio tempo acontece, ainda, o bater em tachos e panelas, bem como os foguetes e o fogo de artifício. Há-os das mais diversas maneiras, em termos de cores e barulhos. Tanto vêm sons e cores de um lado como de outro, não sabendo eu exactamente de que zona, mas vamos pensar que vem por exemplo de Bucelas ou da Malveira, do Tojal ou de Salemas, já para não falar de pequenas aldeias onde as pessoas se reúnem tendo já os seus fogozinhos e foguetezinhos para atirar, enchendo o ar de luz, cor e júbilo. É lindo, em suma. Não vale a pena esta para aqui com mimimis, que aquilo só visto. Olhem, é tanto e tanto que quando acaba há nuvens de fumo no ar e um cheiro imenso a pólvora.
E a cadela não tem medo do foguetório?? A minha fica absolutamente aterrorizada, mesmo dentro de casa, fica aflitissima, a tremer, sem saber onde enfiar-se. Dá dó.
ResponderEliminarNão :)
EliminarEsqueci-me de focar esse ponto no post, ainda bem que comentaste. Nota-se-lhe uma ligeira ansiedade, obviamente dá um saltinho se o estrondo é perto, que ainda ontem aconteceu estar ali bem próximo um grupo de pessoas, uma meia dúzia, a lançar um daqueles foguetes que é de um único rebentar e é possante que se farta. Claro que ficamos atentos a todas as reações da bicha, mas até hoje não se verificou nada de extraordinário. Houve aí um ano que demos com um cão desorientadíssimo, corria e corria, incapaz de se orientar. coitadinho. Deu tanta pena mas nada pudemos fazer para ajudar, ele simplesmente corria e corria.
Bom ano, Kina!
Parece realmente especial apesar do frio
ResponderEliminarFeliz 2019 Gina
um beijinho
E é. Muito.
EliminarBeijo, Redonda, e um 2019 bom :)