terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Não acabou nada a conversa.

Não acabou nada a conversa. Sempre que me encontro num lugar público, e em que a minha presença ali inclua uma espera por atendimento, a mesma inclui por sua vez uma mais-valia, a de poder presenciar situações ou perscrutar semblantes, que posso registar, e logo ali – saco do bloquinho rudimentar ou do canhenho e embora lá rabiscar as coisinhazinhas do costume. Ora isto contrapõe, ou abafa, a questão de me ser difícil encarar expectativas de qualquer espécie. Resumidamente: não só o escrever me distrai como o querer escrever, vindo este, aliás, antes, podendo inclusive bastar para me distrair. Em tudo há um lado positivo. Às vezes é uma procura rebuscada, rente à mentira ou então uma ideia por mim embelezada, bem sei, mas há.

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