Não me apetecia nada, mesmo nada, ir ao supermercado. Era uma coisa tão no extremo que me pus a rir. Sabem aquela sensação de chegar a um topo – ou fundo – e isso simbolizar que daí só descer – ou subir, pois claro – vai daí parece um impasse e o melhor é rir? Então pronto, foi isso. Esperem, estou a lembrar-me que pode ter sido efeito do café duplo. Quem sabe.
Chegada às portas do supermercado notei, pela vez quinhentos mil e novecentos, que as portas se me abriam. Sério. Eu chego e pumba, abriu-se a porta. É. Eiche!
Quer dizer, agora que já não é Natal é que vi uns guardanapos todos giros para pôr na mesa. Oh. Estes têm losangos de muitas cores, o que arrima ao estilo psicadélico.
Folha de alumínio. Ai. Havia uma embalagem com ele reforçado e outra sem reforço nenhum. Este último era mais barato uns cêntimos e tinha o triplo dos metros. Escolhi-o.
Não preciso de comprar copos mas gostava de ter copos bonitos. Estou de grande porque agora não há copos bonitos nas prateleiras. Au eva, preciso de tacinhas e há umas bem giras nas tais prateleiras, só por dizer que não me jogo a elas. Nunca tenho sossego, é verdade, é.
Quando me meti no corredor da vida animal revi o que tinha escrito na lista de faltas:
biscoitos cão, dentes, redondo, recheio
Isto porque era para comprar uns biscoitos que são especiais para os dentes da bichinha, são redondos e têm recheio. Não encontrei. Au eva, encontrei uns que dizem ser de búfalo e fiquei com o caso arrumado. Mas desde quando é que a Olívia se vai negar a comer biscoitos com sabor a búfalo? Nunca!
Retirei uma embalagem de gel de banho da prateleira. Não por estar precisada mas porque estava em promoção. O gel de banho é presença assídua na minha casa-de-banho, de maneiras que já ficava, se afinal a gente lhe dá uso, pois que. Mas não. Ponderei e decidi que não, o que foi coisa de ocorrer ao passar por uma outra prateleira que continha os mesmíssimos géis. Despedi-me afavelmente: olha ficas aqui, para a semana venho cá buscar-te. Hã? Se vou? Pois vou!
Comprei atum fresco porque de conserva já cá havia.
A senhora da caixa horrorizou-se com o choque de temperatura por entre a - sua - cara e as - suas - mãos. Ai, fez ela, e depois explicou-me o que já vos expliquei.
Ca carro mai lindo! - Brinquei eu, quando lhe cheguei ao pé. Uso da mesma lamechice quando chego ao pé do cão – Ca cão mai lindo! É, trato de igual modo carro e cão, ainda que não sejam elementos comparáveis. Junto também pessoas aos meus cumprimentos, mas é de longe a longe. Já às coisas dou, de longe, hordas de atenção. Sempre quis que hordas figurasse no meu blogue.
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