Lisboa, 2 de janeiro de 2020
Decidi agrupar duas 'primeiras vezes' num só post porque a bem dizer são a mesma coisa – lugar soturno e velho estaminé.
Comecei por chamar lugar soturno ao lugar soturno porque era escuro e feio.
Lisboa, 17 de janeiro de 2020
Escuro. Isso. Escuro porque tinha muito material exposto, ele era expositores a abarrotar de coisas, ele era prateleiras cheias até cima, ele era fios de uma parede a outra, como se um estendal fosse, e era, mas de artigos. O chão estava também preenchido até mais não se poder. Portanto, por tamanho ser o preenchimento de toda a área, a mesma escurecia. E feio. Isso. Feio pelas mesmíssimas questões. Então arranjei uma ironiazinha, um faz-de-conta, uma ideia, uma expressão – lugar soturno. E o velho estaminé, existe por quê? Porque houve uma altura em que estava em meio de findar a sua existência no mundo dos estaminés vivos e, como havia outro, e há, e que é este d' agora, senti necessidade de os diferenciar diferentemente do comum, precisamente por aquele estar com a morte anunciada – velho estaminé.
Este post é continuação daqui.
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