Ao passar pelos meios dos anos, costuma dar-me na cabeça, sem querer, tentar perceber como estou e o que sou nesse presente. Creio firmemente que isso me acontece, não por uma figura de vício - pá, faz de conta que o vício tem uma figura, pronto, notem que pode até ser uma figura qualquer, dar-se-lhe o nome de vício e acabou a conversa – mas dizia eu do balanço pessoal, pois é, vejo-me por dentro, esburaco, tentando não escavacar para não esmorecer tanto e tanto, que desista. Por fim alcanço pensamentos – bons, maus e mais ou menos - e atiro-me a um novo ano, um novo começo, cujo é, como sabem, um recomeço. Estou mais velha um ano. É porém de notar que não me sinto velha, sinto-me com a idade que tenho – 52 – isso sim. Vou sentir-me velha quando o for, e lá virá o tempo.
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