Tenho andado a ver se compro uns trapinhos de que ando necessitada e tenho, portanto, ido às putas. Desta vez não venho explanar feitios e cores de calções, blusas ou meias, venho falar da incredulidade que apareceu no meu pensamento quando ouvi dizer 'boa tarde!', mas como meio de chamamento. Correspondi à saudação – sou tão fofa... - e em simultâneo era-me recomendado: 'desinfecte as suas mãos, por favor'. Tudo bem, não fora o tom de chefia, em reles. Mas há putas de outro tipo: uma resolveu-se a acenar largamente, de longe, apontando para o frasco. Pá, pelo menos evitei ouvir o reles tom de chefia. Ah, o 'boa tarde' veio, mas depois desta coisa toda e foi tipo assim como quem repreende.
Eu às vezes sou toda a gente porque ninguém gosta de chefes mal-humorados nem de repreensões, mesmo quando quem repreende tem razão, agora imagine-se quando não tem, né? É, pois está claro que é.Entretanto, relato uma das comprinhas. Apetece-me. Sei lá, gosto de escrever, ou coisa assim. Como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, devido ao vírus do momento, muitos estabelecimentos, principalmente os de grandes dimensões, têm os provadores interditos e, outros, estão sob um horário de funcionamento, que obviamente não coincide com o do estabelecimento. Ora bem, esta comprinha foi efectuada num estabelecimento cujos provadores estavam interditos de todo (adoro redundâncias, ah pois é) mas eu queria muito experimentar a peça – um biquini. Então, sem o auxílio e a privacidade que um provador oferece, no meio do corredor da grande loja, fiz assim:
A parte de cima, assentei-a no lugar que é para cobrir e perguntei a quem comigo estava se tapava as mamas. A pessoa respondeu afirmativamente.A parte de baixo, enfiei uma perna, uma só, puxei, senti a peça no lugar, gostei desse sentir, e já não foi preciso perguntar coisa nenhuma.
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