quarta-feira, 29 de julho de 2020

Acho que vou mas é escrever um livro. Vai chamar-se 'Dias Duma Grafómana'.

Sonhei que era preciso que me mantivesse no chão da rua, deitada, e que aguentasse que uma daquelas máquinas de pisar (umas que têm um cilindro na frente, pesquisei e resultou em 'compactador') me passasse por cima. Ora bem, o cilindro começou a sua marcha lenta e ficou em cima da minha cabeça. Doía muito, claro, como não?, mas o intuito era aguentar. E eu lá me aguentei. Não duvido que este sonho tenha derivado da permanente ideia das muitas questões (que quiçá possam - ou pudessem, ou poderiam - ser impermanentes) que tenho que aguentar.

Escrever o texto acima lembrou-me o de baixo:

Há aquelas cenas de filme onde se vê o personagem em clara mudança de rumo, decidido a vingar numa qualquer demanda essencial para a sua vidinha correr livremente. É comum estas cenas serem acompanhadas de banda sonora, intensa e inspiradora, vê-se o personagem a tomar partido pelo melhor lado da vida, alcançando o desejado num ápice. É num ápice, bem sei, porque as películas têm que despachar a coisa, quando não a atenção do espectador esmorece e isso não augura sucesso. Bom, sumamente, o que eu vinha dizer é que me ia dar um jeitão que a minha vida fosse uma dessas cenas. Acho que vou mas é escrever um livro. Vai chamar-se 'Dias Duma Grafómana'.

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