Ontem a planta à janela não estava à janela. Cuidei que os seus donos tivessem ido de férias e a tivessem deixado nalgum hotel para plantas ou assim, como fazem com os cães e os gatos. Entretanto esqueci-me de fazer post a contar isto.
Hoje a planta à janela estava à janela e eu vivo a vida dela alegremente fazendo um post redundante, com redundâncias mais que muitas. Já nos dois posts anteriores sofri dessa viscosidade que um texto pode conter, como um caramelo que se agarra aos dentes, só por dizer que me mantive calada. Neste caso, neste post, as redundãncias são necessárias, porquanto no contexo global deste blogue, eu chamando planta à janela a uma planta que está à janela, querendo dizer que a planta ontem não estava à janela mas hoje estava, vou ter de.
Entretanto, vamos lá aqui fazer um tuíssete.
Enquanto escrevinhava este tópico em muitos dos meus papelinhos (precisei de cinco), sentada no muro de pedra, à sombra duma árvore frondosa, refrescando lentamente mas esquentando o cérebro com a organização do texto que escrevinhava desenfreadamente, a cabeça inclinada para baixo, espirrei e eis que as partículas de saliva aterraram no meu peito nu, que hoje o decote é largo e o debruçar-me sobre mim mesma fá-lo profundo. Veio a brisa, que me secou o peito e me proporcionou uma sensação deveras agradável, com vista ao calor que estava. Oh céus, quem dera uma salva de espirros.
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