quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Diário das expressões

Lisboa, 31 de outubro da 2019
Ontem desconsiderei este post, a maneira como o quero apresentar, e lamento. Agora parece mas é que não tem jeito nenhum. Ninguém vai ler. Os leitores vão chegar aqui, reconhecer as primeiras frases e pensar: oh, este já eu li, e passam à frente. Entretanto já pensei numa espécie de solução: deixo o já publicado no fim do que é a novidade. Vou também publicar cada tema/expressão em seu post, para lhe dar montes de importância. Ainda mais importância, quero eu dizer.
Lisboa, 4 de novembro de 2019
Embora todos ao banco hater? Embora.
O banco hater é de quando a praça mai linda (e agora prevejo mais uma expressão, a 'praça mai linda')
Lisboa, 5 de novembro de 2019
E assim provo uma vez mais que sou de ir escrevendo, já que estamos num outro dia. Bom. Então. Dizia eu da praça, pois que sim, é linda e tem vários bancos de pedra. Aqui há uns anos quase todos tinham um dizer feito a tinta, obra de vândalos, tudo bem, mas eu gosto de pensar que são rufias amantes da comunicação por escrito, para além de ser giro é atenuante. Então aconteceu que me lembrei de cognominar cada um dos bancos e ao hater calhou assim precisamente por conter o 'hater' em si, escrito em grandes letras vermelhas. Apaixonei-me. Exagero. Não exagero nada, daí nasceram centenas de posts, à conta de quê estou a exagerar? Ora... Entretanto limparam as letras 'hater', não só essas como de todos os outros bancos. Fiquei decepcionada com a ideia de já não ter o 'hater', só que o banco ficou sempre a ser o banco hater, posso continuar com este faz-de-conta, se no fim das contas sempre fiz de conta. Neste assunto estou um bocado estéril, sei lá que mais e que mais cerca do banco hater. Talvez dizer-vos que não o explico. Ou seja: quero lá saber se alguém chega aqui e se depara com uma questão destas e não percebe porra nenhuma e vai embora porque não gostou do blogue. É que, notem bem: se de cada vez que falo do banco hater me pusesse a explicar o que é e como apareceu... né?
Lisboa, 6 de novembro de 2019
Pá, venham ler este post, né? No fundo é só um banco dentre uma meia dúzia, de tampo de pedra, quiçá tijolos por dentro, que está numa praça larga e desafogada, sita em Lisboa, que em tempos tinha inscrito 'hater' e eu me lembrei de lhe chamar isso mesmo. Depois ocorre que se mantém no mesmo lugar, que passo lá montes de vezes, que olho para ele, que o cumprimento como se fose meu amigo, e é, que me sento lá se quero rabiscar, que posso sentar-me só a ver passar gente, que já tenho observado o incessante mudar de cores dos semáforos porque era isso o que queria fazer e porque não queria fazer mais nada senão isso, que é lugar de poiso, que é o meu preferido. Que. Boa noite.
Entretanto decidi que não vou anexar as novas entradas às antigas. Oh porra, que a minha vida está complicada! É que quando tive esta ideia estupenda não me apercebi que a dada altura da vida deste post o mesmo ficaria insuportavelmente longo, mantendo assim os posts abaixo mais longe de serem lidos e vistos. Eu escrevo demais, essa é a verdade, e quem me aguenta, garanto que não sei como consegue e que me espanto deveras. Obrigada. E agora é que é boa noite. Ou então é boa noite outra vez. Boa noite, simplesmente boa noite. Boa noite.

Este post é continuação daqui.

Sem comentários:

Enviar um comentário