sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Diário das expressões

Lisboa, 25 de outubro de 2019
Este blogue vai conter algo inédito. Trata-se de um post que vai ser construído e publicado, que aumentarei e republicarei tantas vezes quantas as necessárias até o considerar completo. Ora, se é um tão invulgar caso na minha vida de blogger, é bom que explane, não só o plano para a publicação, como o motivo de a querer fazer. Mas começo por explanar o motivo.
Sou dada a expressões...
Sério? Que estranho.
Não é nada estranho, bem sei que, na escrita ou na oralidade, toda a gente tem peculiaridades, mas há um pormenor de suma importância: é que este blogue é meu e quem cá escreve sou eu, portanto... Coiso. Retomando.
Lisboa, 28 de outubro de 2019
Retomo, pois retomo, mas em outro dia.
Lisboa, 29 de outubro de 2019
Retomo afinal noutro dia e assim se vê que é sobretudo por partes que costumo escrever.
Tenho então expressões próprias mas das quais não me aproprio assim tanto porque, a bem dizer, depois de publicadas já não são minhas. Mas quero registar a primeira vez que o fiz, tendo entretanto já publicado a primeira vez do 'bloquinho rudimentar' e a do 'banco hater'. Acresce que quero que um post contenha o que é em essência, por exemplo, o bloquinho rudimentar e, por isso, cá estou.
O bloquinho rudimentar é um aglomerado de folhas provindas do estaminé que reaproveito para usar como depósito de ideias. Se é um reaproveitamento, é claro que o verso das folhinhazinhas onde escrevo têm coisas lá impressas mas também inúteis à data. O que faço é rasgar as folhas, normalmente em quatro, e prendê-las com um gancho. Chamo-lhe o bloquinho rudimentar porque fisicamente não passa disso, é pequeno e mal-amanhado, logo: o bloquinho está para o pequeno como o rudimentar para o mal amanhado. Uso-o frequentemente, costumo até parar no meio da rua, sacar do dito, e ficar de pé a rabiscar. Já fiz esta figura largas centenas de vezes, quiçá ascenda ao milhar, e olhem que não estou a exagerar. Posso também estar numa fila (num qualquer balcão, como, por exemplo, o supermercado) e rabiscar, ou mesmo sentar-me num banco de rua para rabiscar o que se me apresentou na cabeça tão repentinamente e a minha grafomania não deixa escapar. Se quero escrever, pouco me importa onde estou, e não é só no bloquinho rudimentar que aponto coisinhazinhas, não senhoras e senhores, aponto-as também no telefone. Se offline uso o bloco de notas, se online é obviamente em directo no blogue. Escrevo também no caderno mas aí sou pouco produtiva, nem todos os dias me meto nessas andanças e, quando nas outras, pois que já se sabe. Entretanto, devo dizer que, como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, o grosso do meu escrever é feito no computador do (e obviamente no) estaminé.
Para terminar deixo dois links: um de um dos posts que mais gozo meu deu escrever, ver aqui e para provar que o desejo de escrever me acompanha para todo o lado, ver aqui. Acrescento ainda que estes dois posts foram criados e publicados a partir do meu telefone, nada tendo portanto a ver com o bloquinho rudimentar, mas é que mostram claramente o que é escrever em directo e numa ocasião especial, isto um, e, o outro, mostra como, esteja eu onde estiver, me é intrínseco escrever coisas.

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