quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

A mudança

No mesmíssimo dia e num espaço de três ou quatro horas, foram quatro os comentários que ouvi acerca da mudança que aparento, digo eu aquilo dos quilos. Isto até é giro, e é tão óbvio que não viria contar se a mudança fosse para mais quilos – como, e quando aconteceu, não vim - como óbvio que aprecio estes comentários, e não é pouco. Ora bem, temos então a brasileira e a senhora dos alinhavos, se uma disse:
'Olá maria magrela! Mais tu num pára?'
A outra aproveitou e largou um:
'Isso já chega, olhe que isso já chega!'
Depois temos a dona Genoveva:
'Mas que elegância.'
E a senhora dos móveis:
'A menina está toda elegante.'
Por estes dias envergo quatro – quatro! - camisolas, 'migos, sinto-me uma chouriça sem destino, uma michelin pneumática e, mesmo assim, pareço elegante. Pá, então, é. Estou agora a lembrar-me que, em jeito de 'pára com isso' a minha mãe argumentou:
'Gina, tu já tens a cara comprida, filha!'
E o meu irmão, rebatendo esse argumento:
'Gina, olha, há duas coisas que as mulheres nunca são demais: magras e ricas.' Foi a galhofa. E agora vou ali e já cá venho.

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