quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Números

Olhem, estou aqui que não posso, afinal já há roupas que não me cabem. Sério. Entrei numa loja e dei de caras com uma pilha de jeans, cujo primeiro par era o número trinta e dois. Uma coisa assim para o garrafal. Digo os números. Pois. E não, não é a numeração à americana ou à inglesa ou lá que é. Não. É o número trinta e dois dos comuns números à portuguesa. Hum-hum. Eu bem que andava a estranhar a agitada vida que as magras também tinham até encontrar roupa que lhes servisse. Mas que demanda. Eu, até aqui, em algumas ocasiões, pensava:
Eh pá, porra, afinal as magras também estão lixadas nisto de encontrar roupa! Tudo cai corpo abaixo! Pregas daqui e dali. Mamas assim ou assado. Cinturas todas coisas. Mas como é que fazem as lingrinhas?! Eu não sou lingrinhas. Como é que? Ah, afinal não é assim tão fixe ser magra e andar nas compras.
Pronto, questões, afinal e meramente, felizes que a pessoa tinha. Ainda assim, povoo o maravilhoso mundo das magras, ó:
Por ora, sequer pondero enfiar uns calções nos pernis, mas olhá-los num expositor e perceber que 'os dispenso' ao invés de 'sou gorda' é deveras glorioso.

Já agora registo neste post uma comprinha recente: umas calças elásticas e imitadoras de ganga. Estreei-me naquilo de calças (neste caso imitadoras) esburacadas. Enfiei-as e pareceram-me bem.
Esta afirmação é dispensável - comprar algo que não me parecesse bem, seria, afinal por quê? É dispensável mas fica.
As calças são perfeitas – os buracos não revelam atraso na depilação nem as cobiçadas varizes; não promovem a hedionda visão de camel toe por ali assim; não me enchem de refegos pernas acima e ao largo da bacia; não apertam a cintura; têm o comprimento ideal, o que significa que cortá-las ou dobrá-las é dispensável. São portanto um must have e eu tenho-as.

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