segunda-feira, 6 de julho de 2020

d.i.a.s.

dia d.
Acordei à hora do costume. Porra, até que enfim me chega a anormal normalidade. Não quis saber do abacateiro, pus-me a mirar, na parede: o retrato dos noivos, no roupeiro livre de portas: o colorido das roupas penduradas e o cinzentismo das caixas de arrumação. A frase chegou.

dia i.
Acordei mais cedo do que o costume, hum. Pensei fazer sumo de laranja mas desisti, ia bem com pão e não havia pão. Depois o abacateiro dourou e o prédio alaranjou e tal e tal. Actualmente o abacateiro não se parece nada com o mapa de França. Nada. O ramo onde em tempos assentou a Bretanha pende ainda mais, de modo que, pronto, é que já não. A frase chegou.

dia a.
Acordei mais cedo que o costume mas não fui logo a correr levantar o estore e mais não sei o quê, fiquei foi na machonice. Quando chegou a hora, levantei o que tinha para levantar – eu e o estore –, lidei com os líquidos que tinha que lidar e fiz sumo de laranja. Ca saudades, oh porra. Na hora de o degustar nem me lembrei, mas, agora que escrevo, esta sensação lembrou-me este post. A frase não chegou. É de notar que não! chegou.

dia s.
Acordei mais tarde do que o costume. Hum. Fiz sumo de laranja outra vez, naquela de despachar as laranjas, antes que se estragassem. A frase demorou a chegar, mas chegou.

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