quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Lar meu

Tenho aqui no estaminé uma lâmpada que terá lugar no contentor da reciclagem brevemente, essa e três pilhas daquelas com três ás. Acabou-se-lhes a energia aos quatro. Oh. Sim, é verdade, o mundo precisava mesmo de saber isto. Mas há mais. Há um lugar lá em casa onde coloco coisas a fazer de bibelôs, só por dizer que não o são, sendo, antes, recicláveis, ou, ainda, ai a porra das vírgulas, peças a ser aplicadas em dias vindouros, as quais posso listar: um punho de torneira, um tubo do carro, um pedaço de veda-portas. Com tudo isto e por junto, esse altar contém outrossim, oh vejam lá, um daqueles espécimes do antigamente, composto por dois potes para tinta, duas abas para receber correspondência por entre, e uma espécie de caminha para receber a pena. Sim, podemos levar, ou elevar, a questão para o plano sexual. Quero dizer: eu já elevei. Mas a pena. Se calhar a caminha é mas é para uma caneta, que às tantas aquilo não é assim tãããããão antigo. Contém, ainda, um abre-cartas, rombo que se farta, uma vez que toda a peça não passa de um fingimento a fazer de ser útil mas não se acabrunha nada, qual quê, e faz de enfeite. De volta aos recicláveis, havia um tinteiro de impressora, que é coisa para fazer uma ligação fantástica com o espécime do antigamente exposto acima, e que derramou tinta. Desgraçadamente. Oh. Agora até estou a lembrar-me que os potinhos de tinta do antigamente, portanto: os verdadeiros, também foram coisa para se ter derramado vida afora, uns e, ou, outros. E eu nunca mais acabo este post... Bom. Então. A tinta desse tinteiro derramou-se à vontadinha em cima do móvel, manchando, não só a tal lâmpada, como um sabonete muito cheirosinho, muito bonitinho, que estava dentro de um saquinho muito levezinho. O tinteiro está no lixo porque a pessoa gosta de reciclar mas não quer a casa manchada de tinta preta e penetrante aos bués. A lâmpada está onde já referi. O sabonete pu-lo de utilitário na saboneteira da casa-de-banho. É muito bom, muito cheiroso e cremoso, mas lá por ser de classe elevada não quer dizer que se não utilize, né? Ah, e não, não estava manchado com a tinta. A curiosidade em saber se havia sido é que me levou a pô-lo a uso, dispensando o que, por acaso, até já estava de abalada.

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