quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Limões

Tenho limões do quintal do rico filho
Tenho limões do quintal da vizinha Gislena
Tenho limões de um quintal de sua majestade.

Os limões do rico filho têm uma casca fina e escurecida, parece a mim que estão muito maduros, muito embora, de chofre, me pareça que não há união entre maturação e limão. Mas é ok. E são bem mais bem sumarentos. É apanágio de qualquer citrino que, sendo de casca fina, sumarentos serem.
Os limões da vizinha Gislena, bem como os de sua majestade, são de casca grossa. Portanto... né? Mas olhem: diz o ditado que 'a cavalo dado não se olha ao dente'. Venham mais.
Quando recebi os limões do rico filho, fiz, logo que pude, uma porção de creme de limão para oferecer, não a ele porque não gosta, mas à rica nora, que adora. Mais uma porção deste creme já decidi que farei, mas uma outra pondero se. A primeira é porque sei que a vizinha Gislena gosta bastante deste creme, a segunda é porque sei que sua majestade não gosta de doces e não sei se a sua cara-metade gosta ou então não e, até me certificar disso, passarão dias ou semanas, o que fará com que os limões vão perdendo saúde e vigor.

Posta-restante:
Sua majestade apareceu e trouxe mais limões, neste caso, os que estavam de resto na sua casinha. É que ele e a cara-metade adoeceram da figadeira e o resto em questão apodreceria, sendo assim lembrou-se destes amigos. Com a conversa toda até me esqueci de sondar o gosto da senhora no que toca a limões em doçaria. Fica então para uma próxima vez, afinal, as figadeiras, a ideia que dá é que hão-de pôr-se boas.

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