De passeios vamos bem, obrigadinha. A minha cadela está numa fase de desinteresse por grandes passeios. Eu explico. O da manhã, ainda vá que não vá. Pronto, o bicho-cão passou a noite em dormida, repousou, revigorou. De manhã, quando pressente o passeio, toda ela rejubila querendo dizer 'ai ó donos, que bom, que bem me sinto por ir passear e fazer um chichi, um cocó e mais uma data de chichis, muitas e muitas cheiradelas por entre, muitas e muitas olhadelas para vocês, não vá eu perder-vos ou coisa assim'. Contudo, no regresso, e sendo este passeio um dos longos, já vem cabisbaixa, parecendo dizer 'oh porra pá, mas quando é que chegamos a casa? era mesmo preciso virmos para tão longe?'
Há dias vi uma piada nas netes onde aparecia um canzarrão no cimo de um armário de cozinha, como que em negação para mais passeios, que o bicho estava farto de passear, pois toda a família o levava, à vez, para a rua. O balão da imagem dizia: 'estou farto! arranjem uma tartaruga!' O que acontece à minha cadela não é bem isto, embora esteja perto, é que antes de o vírus do momento vir dar cabo dos nossos hábitos, o hábito era somente o passeio da noite ser longo, e afinal a Olívia sempre passeou, pelo menos, três vezes ao dia. Acontece, ainda, que a minha cadela está a ficar velhota, ah pois é. Mas vamos continuar neste ritmo, né cão? Acho que se a minha cadela falasse, ouvindo esta pergunta, mandava-me mas era passear. E eu ia, e vou, mas levo-a comigo.
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