domingo, 15 de março de 2020

O saco. Ou o bolso.

Tenho um saco de andar com coisas a caminho de casa e do estaminé. Pronto, sabem como é, a pessoa vive, faz, é e há coisas a transportar. É um daqueles sacos que se podem dobrar para dentro de si mesmos - acho que 'ensimesmados' fica aqui bem. Quando o saco está aberto vê-se-lhe um bolso, que é o seu receptáculo, e isto quando o quero ensimesmado. Ora, para ficar, não só ensimesmado como, ainda por cima, fechado, uso o fecho e fecho-o. Vai daí, o giro deste post, o que eu quero mesmo mesmo mesmo registar é que o fecho é multicolor nos dentes porquanto o saco já estava prontinho a se ensimesmar, digo eu lá na fábrica dos sacos de onde veio, quando levou o banho de tinta a fazer de florido, e ambulante, jardim. É, portanto, verde e rosa, ou rosa e verde, dependendo da perspectiva. Para mais: o bolso deixou de existir durante a manhã de um destes dias de março – começou a descoser-se e eu não fui de modas – original como sou, como ir em modas? - descosi o resto e foi, precisamente, aí que notei os coloridos barra iridescentes dentes do fecho do meu saco de andar com coisas a caminho de casa e do estaminé. Para finalizar, asseguro que o meu saco não mais se ensimesmará e eu quero ver se o plagio nesta questão. Eu, Gina Maria, não mais me ensimesmarei? Melhor ir, então, em modas, ou coisa assim, já que anda tudo a rir e a rir.

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