segunda-feira, 30 de março de 2020

Portefólio

Portefólio é o que mais parece, afinal, esta questão toda com o! cortinado. Andava-me o rascunho (post anterior) há semanas no documento digital, esse guardador das coisinhazinhas do costume, eu esperançada que a vida normalizasse e assim já este tema não destoasse, mas eis surgidas duas razões para o pôr ao fresco:
__uma, não sei, tampouco posso prever, quanto mais tempo dura esta dura vida de 'restez chez-vous' e este é um tema claramente surgido do tempo 'liberto de vírus'
__duas, aborrece-me 'guardar' as coisinhazinhas durante um largo tempo, sei lá, secam-se-me (seco-as?)

Transcrevo partes dos escrutínios que fiz ao cortinado mais famoso do meu blogue, o portefólio:

O cortinado também tem a sua graça. Há um pássaro em contornos por todo ele... não é nada, há partes preenchidas por cor, as que não são mantêm a cor do fundo do tecido, isso faz com que uns pássaros sejam o negativo de outros. Onde é branco, é preto, e o contrário.

Em certa altura o tecido acaba, cortando duas ou três cornucópias dessas. Como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, uma cornucópia é caracterizada por ter uma das extremidades arredondada, que vai afunilando e termina em bico. Então, o facto de o tecido acabar mais ou menos a meio de duas ou três, fá-las parecer, cada uma, uma baleia à vista num mar imenso. Uma, uma, ou duas ou três.

Se eu levar o escrutínio ao extremo quase me levo a afirmar que há ainda outras cornucópias, mas, com justeza, nego. Contudo, não fixei como são as outras cornucópias, mas que as há, há.

Observar as flores, numa próxima vez, registei mentalmente. Há muitos tipos de flores no tal cortinado que tenho vindo a escrutinar, concluí. No dia a isso destinado só memorizei que há flores em tamanhos vários, cujas pétalas terminam em bico. Talvez queriam imitar a forma das túlipas, vá.

Com a sala na penumbra ficou difícil escrutinar o cortinado mas pus-me a olhá-lo na esperança de lhe inventar novidades. Num repente notei que não descortinava o pássaro desenhado a escuro, precisamente por o espaço estar na penumbra.

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