Sonhei que andava lá na casa da dona dos bichos-gato, limpando e limpando e nunca estava nada limpo. Limpava muito. Limpava tudo. Tudo. Olhava para trás e nada de ver limpo o que tinha estado a limpar. Um horror. Aliás: o! horror. A senhora entretanto chegara a casa e aliviava-me a consciência: ah, Gina, isto está bem, vá-se embora, está tudo limpo. Mas eu sabia que não.
Quando acordei percebi que afinal o sonho era a minha casa, mesmo que me tivesse mostrado uma casa que não é a minha. Eu limpo e limpo, limpo e limpo, e nunca está limpo. Hoje já limpei duas casas-de-banho, um quarto, o corredor e meia cozinha. As máquinas da roupa e da louça têm duas lavagens cada uma e esta está neste preciso momento de roda de mais uma, enquanto aquela, de frágil que é, deixo-a descansar. Mas, não deixando, tinha ali matéria para mais duas rodadas. A minha casa está um caos, 'migos, só vos digo. Aliás: a minha casa é o! caos.
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