segunda-feira, 13 de abril de 2020

Frigideira

Prelúdio
Bolo de Mirtilos na Frigideira
Porque um bolo pode, oh vejam lá, ser cozido numa frigideira. Mesmo que uma frigideira seja para frigir, não para cozer.

O bolo na frigideira, iguaria escolhida a pensar no dia festivo de ontem (Páscoa), é bom. Percebi que tem mais gordura do que o habitual, nunca antes tinha feito um bolo que levasse natas e manteiga, e era suposto servi-lo à colher. Isto da colher, digo-o porque era a recomendação descrita na receita. Eu, antes, pensei: bom, cá pra mim fica um bolo assim como que cremoso. E não é que esteja longe da cremosidade, mas cozeu por inteiro, nada de cremes, portanto. Como não vou repetir a receita, tampouco agraciá-la com a presença no meu dossier especial, não me certificarei de que numa frigideira menor o resultado seria mais cremoso. Quando decidi pôr a massa na maior frigideira que possuo, fi-lo por pensar que o crescimento seria demasiado e depois a frigideira babava-se toda, o forno ficava sujo de pedaços de massa tostada e imprópria para consumo e, ainda por cima, a casa a cheirar a fumo. Outra coisa que é digna de registo é que o bolo cozeu em menos tempo do que o anunciado na receita, isto pode também querer dizer que devia (mesmo!) ter usado a frigideira mais pequena. Agora, e para remate, é assim:

será que o bolo fica com uma textura diferente por ser cozido numa frigideira?
obteria um resultando diferente se o pusesse dentro de uma forma 'normal'?
qual é, afinal, a diferença?
há diferença ou é só giro e acabou a conversa?

Por ora não sei. Não saberei porque não voltarei à receita em questão.


Ah, é verdade, os mirtilos usados vieram de Marrocos. Achei interessante partilhar esta proveniência - o que eles andaram para cá chegar... E logo em alturas de quarentena ao nível mundial e tudo.

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