Prelúdio
Bolo de Mirtilos na Frigideira
Porque um bolo pode, oh vejam lá, ser cozido numa frigideira. Mesmo que uma frigideira seja para frigir, não para cozer.
O bolo na frigideira, iguaria escolhida a pensar no dia festivo de ontem (Páscoa), é bom. Percebi que tem mais gordura do que o habitual, nunca antes tinha feito um bolo que levasse natas e manteiga, e era suposto servi-lo à colher. Isto da colher, digo-o porque era a recomendação descrita na receita. Eu, antes, pensei: bom, cá pra mim fica um bolo assim como que cremoso. E não é que esteja longe da cremosidade, mas cozeu por inteiro, nada de cremes, portanto. Como não vou repetir a receita, tampouco agraciá-la com a presença no meu dossier especial, não me certificarei de que numa frigideira menor o resultado seria mais cremoso. Quando decidi pôr a massa na maior frigideira que possuo, fi-lo por pensar que o crescimento seria demasiado e depois a frigideira babava-se toda, o forno ficava sujo de pedaços de massa tostada e imprópria para consumo e, ainda por cima, a casa a cheirar a fumo. Outra coisa que é digna de registo é que o bolo cozeu em menos tempo do que o anunciado na receita, isto pode também querer dizer que devia (mesmo!) ter usado a frigideira mais pequena. Agora, e para remate, é assim:
será que o bolo fica com uma textura diferente por ser cozido numa frigideira?
obteria um resultando diferente se o pusesse dentro de uma forma 'normal'?
qual é, afinal, a diferença?
há diferença ou é só giro e acabou a conversa?
Por ora não sei. Não saberei porque não voltarei à receita em questão.
Ah, é verdade, os mirtilos usados vieram de Marrocos. Achei interessante partilhar esta proveniência - o que eles andaram para cá chegar... E logo em alturas de quarentena ao nível mundial e tudo.
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