quinta-feira, 29 de outubro de 2020

A nova presença. Nova e grande.

A Lila é uma cadela que tem um corpanzil que é qualquer coisa e é meiga que se farta. É mais ou menos como o gatinho amarelo naquilo de me seguir para todo o lado, só por dizer que se cansa amiúde e se deita onde lhe der o cansaço. Numa das vezes em que o cansaço ainda não a domara, tomou como destino a varanda, furando o espaço que havia entre a porta e o sofá que eu havia arredado. Subi para o sofá pelas costas e demovi-a facilmente dos intentos, afinal a brandura dela é considerável. Depois percebi que só queria brincar comigo, vinha de bola na boca. Mesmo assim empurrei o sofá um bocado, pensando que era o suficiente para ela não passar, mas não era, o que me leva a pensar (agora mesmo) se o corpanzil dito acima está em cima da verdade. Enfim, posso eu não saber tirar medidas só de olhar, né? Empurrei mais o sofá.
Bom.
Então.
A Lila pisou-me e eu pisei o Miau mas continuámos a nossa vidinha todos três, e contentes na mesma. A Lila comeu a areia do Miau, fui dar com esse repasto duas vezes. A Lila roeu a bola do Miau. O Miau subiu para a trave da cama da menina e cortou o fio das bandeirolas com os dentes. O Miau bebeu água da malga da Lila mas ela não viu. O Miau recolheu à caminha minutos antes de eu dar o meu trabalho por concluído (como contei aqui). A Lila deitou-se onde lhe apeteceu, encostando a cabeça em duas almofadas de chão. Quando saí ambos dormitavam.

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