quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Quando a correspondência é homeless

Quando entrei no prédio estava um homem mirando atentamente um envelope A4. Eu componho a história, vá. Aquilo foi o carteiro que encontrou uma morada um tanto ou quanto ilegível ou incompleta e toca de a interpretar o melhor que pôde, retirando, pelo menos, a rua e o número de porta. Vai daí, despachado que é – todos o são! - encostou o grande envelope no rebordo das caixas de correio, esperando que alguém - quem de direito, pois claro - dali a retirasse. Dado este caso se encontre dentro da verdade, é certo que qualquer morador vai inspecionar o dito envelope e foi isso o que encontrei o dito homem fazendo. Não obrigo ninguém a acreditar na minha história – óbvio – mas olhem que, olhem que.

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