Tenho duas canetas e um caderno que são novidade. Fui no outro dia até à papelaria do primo na enga de trazer de lá a agenda vinte-vinte|e|um, o qual há-de ser, ah pois há-de!, um ano típico em qualquer coisa. Mas as minhas novidades. O primo não tinha ainda recebido as agendas do ano que vem, de maneiras que deixei encomendado mas, como ia também na enga de um caderno, pedi ao primo que me mostrasse o que por lá havia, sendo que, a única característica que não dispensava era que tivesse argolas, porque são mais cómodos. Já possuí uns e outros e sei que são. Depois de escolhido o caderno, perguntei por canetas 'daquelas'. São umas que, de uma outra vez, o primo tinha num recipiente de plástico. Por serem de várias cores, e garridas, o recipiente quase parecia uma jarra com flores de plástico. Ou um arco-íris, vá, eu querendo ser poética. Nessa altura trouxe uma azul-turquesa. Que acabou. Fiz toda uma novela no lbogue... ai perdão, blogue, quem vem regularmente ler este blogue decerto sabe do que falo. Por ora, o dito recipiente já não existe e, as cores, já não são assim tantas, qual jarra composta, qual arco-íris, quais quê. O primo foi lá dentro buscar o restolho – havia roxas, vermelhas e azuis, estas, daquele azul ultramarino, que conheço como sendo o mesmo do pó azul com que os pedreiros fazem as marcas. Conheço porque o vendo no meu estaminé, quero eu dizer. Mas as canetas. Trouxe duas, uma vermelha e outra roxa. Só que a azul não me sai da cabeça. Devo estar apaixonada, ou coisa assim. Pois estou. Aliás: sou. Sou apaixonada por escrever e, para mim, canetas são acessórios, mas não meros.
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