Dois mil quatrocentos e quarenta gramas é quanto pesa a minha mala quando composta de tudo o que necessito. Chegada ao estaminé retiro toda uma catrefada de coisas, obviamente das que não necessito no decorrer do dia, passando a pesar mil seiscentos e trinta gramas. Quer isto dizer que o meu dia tem um certo tamanho em desafogo. Falta um item a esta apresentação assaz interessante: o caderno. O caderno nem sempre retiro. Sei lá, pode dar-me o apetite para escrever lá coisas e sentar-me no banco hater. Ou no muro de pedra. Ou no primeiro banco que encontra quem desce a rua mais bonita de Lisboa. Ou no segundo. Ou no terceiro. Ou algures. Ah, o caderno pesa trezentos e dez gramas e, andando com ele durante o dia, eis que a minha mala pesa então mil novecentos e quarenta gramas.
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