sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Gelados

E eis que mais três gelados (receitas retiradas do livro 'A Vida Secreta dos Gelados Caseiros, Rita Nascimento) se agregam ao rol ainda curto dos que são feitos por mim e mais minha sorveteira . Só não vou buscar o leite à teta da vaca nem me ponho a desnatá-lo ou desidratá-lo, tampouco sei como conseguir o açúcar com pectina e, os ovos, retiro-os às caixas de meias dúzias da prateleira do supermercado há mais tempo do que queria, que o meu, outrora, fornecedor dos mesmos deixou-se disso de fornecer, obrigando-me a ser uma pessoa comum.
Um dos gelados de que venho falar é de coco, de maneiras que também não ando de nariz no ar a colher cocos nem a ralá-los e a aparar-lhes o leite. Começamos, nós, as Ginas por este.
Gelado de coco:
Achei que a quantidade de açúcar é a mais. Ainda me passou pela cabeça se o leite e o coco que usei têm açúcar mas entretanto as embalagens já lá iam. É bom, ainda assim. É a repetir, mas pouco. E sempre posso abolir o coco ralado, tanto de vez, como coá-lo. Na receita, aliás, fala de coar o coco em caso de não se apreciar a textura.
Gelado de framboesas:
No livro a receita fala de morangos, não de framboesas, mas era o que havia em casa, e em forma de puré e enlatadas. Ficou muito bom mas não duvido que com fruta fresca, melhora. Aqui já o açúcar se equilibrou, afinal o ácido das frutas vermelhas... né?
Gelado de noz:
Com este passou-se uma cena espectacular! Havia nozes na despensa há mais tempo do que é para estar. As nozes, mesmo estando dentro de um pacote por abrir, oxidam rapidamente e era o que estava a acontecer àquelas, e pus-me em cima de Mr. Google a ver se havia solução para o amargo delas, que entretanto já havia aberto o pacote e trincado uma e percebido que amargava. Descobri pois que acabar com isso é questão de se mergulharem as ditas em salmoura durante umas horas e depois secá-las em forno baixinho mais ou menos uns dez minutos. O site não referia quantidades, de maneiras que enchi um alguidarinho com água e mandei lá para dentro um punhado de sal grosso. Quando as horas, sei lá quantas, passaram e os minutos de inserção no forno também, as nozes estavam bem melhores. E fiz o gelado. Não posso dizer 'ah e coiso, olhem que aquilo da salmoura é mesmo assim e tal', afinal procedi à minha maneira, não fazendo caso de tempos ou medidas, portanto o amargo nas nozes estava ainda presente, mas atenuara, e lá que o gelado estava uma maravilha, estava.

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