sábado, 3 de outubro de 2020

Dias de um Ginásio

Em tempos idos esta canção (vídeo abaixo) soava com frequência nas aulas de alongamentos. Nesse tempo as aulas eram dadas na sala que depois foi das bicicletas estáticas e que agora é não sei de quê. A ver se me inteiro disso em breve. Serve de distração. Serve de complemento a este post. Serve para aumentar o número de posts. Em tempos, desta feita uns tempos mais próximos a este, fiz duas ou três aulas nessas bicicletas. Não gostei, daí tão poucas. E nem se pode dizer que não tenha feito o suficiente, que não foi largar à primeira experimentadela. Pois não, 'experimentadela' não consta nos dicionários. Mas olhem lá a canção. Isto por ora, porque há mais coisas escritas abaixo do vídeo.





Numa dessas aulas das bicicletas, desequilibrei-me e resvalei, fazendo uma enorme nódoa negra na perna, que me durou semanas. Sei que o professor viu o resvalamento, mas não se mostrou interessado. Obviamente não seria preciso descer da sua bicicleta, parando o trânsito da aula só porque uma senhora resvalara, oh pobrezita. Não. O que desaprovei, e desaprovo, é que nem sequer tenha levantado o polegar, gesticulando a pergunta: 'está bem?', que eu imitaria o gesto para responder: 'estou.' Mas não. De momento é como lembro este episódio. Sei que o registei no blogue e vou pesquisá-lo. Sempre quero ver se tenho a memória certa.

Já encontrei, não está longe do que escrevi acima. Transcrevo:

Ontem fui fazer cycling, de maneiras que saí de lá roída naquela partezinha do corpo que assenta no assento. O assento é fino e rijo e a partezinha não tem tanta chicha como parece, afinal quando esta que escreve se senta a chicha afasta-se do osso, de maneiras que. Falta de hábito, bem sei. Assim como é falta de hábito pensar que o téni se vai encontrar com a proteção da corrente e me fazer resvalar da bicicleta. Pois foi o que aconteceu, não é que tenha caído no meio do chão, não, mas fiquei apoiada na bicla de uma maneira nada correta e dolorosa. Tenho três nódoas negras para contar melhor esta história. E agora querendes saber se alguém me socorreu? Pois.Não.Senhores. Mas tudo bem, até porque tenho idade e força para me safar e levantar-me sozinha, mas senti falta de um certo apego que vejo noutras aulas, noutros/as professores/as, é que nem um olhar de interesse vi, e neste caso estou a falar exclusivamente do professor. Saí aos trinta e cinco minutos de aula. Nada teve que ver com o que contei, mas com o facto de me apetecer muito fazer a aula do costume, que é stretching. E assim fiz - fui. Claro que ter visto alguns colegas de bicla abandonar a aula pesou na minha decisão. E foi o melhor, se há modalidade de que gosto é stretching, enquanto que de cycling, ó pá, pronto, gosto tipo assim mais ou menos. O bom daquilo é a queima de calorias num curto espaço de tempo e o desinchar de pernas que acontece e perdura, o que me apraz e não é pouco. Bom, não sei se é para continuar com isto, até porque a aula começa cedo o suficiente para me tornar ansiosa com o pouco tempo que tenho para chegar a horas, o que aliado ao facto de não morrer de amores por biclas imóveis, pronto, ó pá, coiso.
|26 Maio 2018|
originalmente publicado aqui

Sem comentários:

Enviar um comentário