Em tempos que são idos há para aí três décadas, lidei com um fotógrafo amador que me mostrou uma fotografia que, num repente, havia tirado quando viajava no Metro, em pé - elevou a máquina, clicou e captou uma imagem oblíqua e, portanto, longe de bem acabada, via-se cabeças e os varões que servem de amparo aos viajantes. Como era ele que revelava as suas fotografias, teve um trabalhão a endireitar esta, lembro-me de a ver a preto e branco e de a achar linda! Eu, uma jovem que até á data mal possuíra máquinas fotográficas, achei aquilo o máximo, principalmente a possibilidade de se endireitar as fotografias - como era possível alguém poder fazer isso?!, mais: como era possível isso?! Lembrei-me desta pessoa e desta circunstância quando um dia estive num quarto cheio de papéis, livros, fotografias, móveis e móveizinhos, cristos e santinhos, enfim, toda a sorte de bonecadas e papeladas. Nesse dia tirei uma foto mostrando a prespectiva de onde me encontrava (não o quarto propriamente dito) e, por ter clicado à pressa, ficou uma imagem torta que, mesmo usando todos os programas informáticos e apps do telefone de que disponho, não endireito nem por nada.
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