terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Canetas

Sou tão grafómana mas tão grafómana e grafómana, que um fornecedor me entregou duas canetas no meio da rua. Sério. Só por dizer que ele não me interpelou por nada de romanesco, ou mesmo novelesco, é porque eu vinha a chegar e ele queria bazar com as canetas entregues, que são assim uma espécie de brinde de fim de ano que alguns fornecedores oferecem aos clientes. Pensando bem isto nem tem graça nenhuma, mas já que escrevi, mostro. Entretanto (escrever aparenta-se ao comer das cerejas – jamais uma só) registo também que a caneta que veio daquela França que é um bocado basca, em 2017, continua a falhar, e a outra, a que estava de resto afinal não a encontrei no estaminé e, não a encontrando nos próximos tempos, ou mesmo anos, a ver se vira lenda, quantas vezes é assim que aparecem as lendas? Digo o desejo em rever versus a saudade vezes a falta versus a iminência versus a paixão.

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