Há algum tempo que não ia ao escritório do senhor doutro... ai perdão, doutor entregar uma factura. Tarefa concluída, adeus e bom fim de semana à secretária (de carne e osso), rever o trinco antiquíssimo (trinco lira, a designação ô puã), ter montes de cuidado para não usar a corrente como puxador. Mas antes... ah, antes foi olhar o jardim da janelinha, que estava aberta, e que está no meio dos dois lanços de escada. Da parte de dentro esta janelinha tem um gradeamento que permite ver o jardim, mas não abre de par em par. Por vezes acontece que está aberta, sim senhoras e senhores, mas encostada, e assim até parece que tem o fecho corrido. Mas nesse caso é abri-la até poder ver. Óbvio. Quando não, mesmo podendo eu abrir-lhe o fecho, não o faço porque não acho correcto, não moro ali e ademais um qualquer dia vindouro hei-de encontrar quem já o tenha aberto e volta tudo ao mesmo, espreito e vejo o jardim, desço o segundo lanço de escadas, tenho cuidado com de não puxar a corrente do trinco lira, saio e vejo uma avenida lisboeta, que é uma das mais brancas que conheço.
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