segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Num dado momento

Num dado momento da construção do post anterior, levantei a cabeça do telefone e olhei à volta. Vi papéis rascunhados que desagrupei do bloquinho rudimentar e que fiz deslizar, um a um, para cima do teclado do computador (e é lá que ainda estão, gosto de vê-los todos ao mesmo tempo, é que assim posso escolher o assunto que me apetece desenvolver). O ficheiro de escrita que uso no computador está aberto, portanto vi também coisas que escrevi no ecrã. E estava a escrever o post anterior no telefone, que obviamente fui eu que escrevi. E estou a escrever este. É raríssimo não sentir um enorme prazer em escrever, vivo rodeada de letras, de palavras, de associações. Ou sou alcançada por essas presenças, ou sou eu que as invento, nunca percebi. Dantes chamava-lhes pipocas a estalar na minha cabeça e acho que posso continuar a chamar.

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